E-Book: A Chave de Michelangelo
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A Chave de MichelangeloS. U. Amorim
Tamanho: 927 Kb
Formato: PDF
Páginas: 115
Leia um pouco desse incrível livro:
Egito, agosto de 1927
Ao passar a mão afastando o suor que lhe cobria a face, o Dr. Albert Raidech ergueu a cabeça, seus olhos fixaram-se então na Esfinge — o colosso de pedra —que a uns trezentos metros dali contemplava-o com o mesmo olhar enigmático que por milênios inquietava a todos que se deparassem com seu majestoso semblante.
— Aqui! Eu encontrei — gritou o nativo contratado pela expedição. O Dr. Albert correu em direção ao homem que acenava freneticamente, apontando para o que parecia ser uma imensa lápide com inscrições corroídas pelo tempo obstruindo a entrada de um túmulo subterrâneo. Com instrumentos trazidos por seu assistente, o emérito professor e egiptólogo britânico limpou-a cuidadosamente. Sua face então iluminou-se ao contemplar a águia bicéfala.
Ele finalmente descobrira a tumba perdida do faraó Amenófis IV — o faraó sacerdote, o grande mago do Egito que aterrorizava o mundo antigo. A pedra foi removida, e com uma tocha, seguido pelo seu assistente Max Fuchon e pelos nativos, o Dr. Albert desceu os sessenta degraus de uma escadaria que, por milênios, ninguém havia passado. A sala mortuária era um imenso retângulo, a visão das paredes, em auto-relevo, representando batalhas antigas, esquecidas na história, logo era substituída pelo brilho ofuscante de dezenas de estátuas em tamanho natural de homens e deuses do antigo Egito.
— Professor, isto aqui é ouro! — disse Max Fuchon enquanto removia a camada de poeira que recobria a face altiva do deus Hórus — um homem com a cabeça em forma de falcão. O esplendor era extraordinário — tesouros se amontoavam para onde quer que os olhos se dirigissem.
— Onde está o sarcófago? — perguntou o egiptólogo voltando à realidade. Todos se entreolharam — sarcófago? Haviam descoberto os tesouros de um faraó e o velho senil preocupado com um sarcófago?
— Professor Albert — disse o assistente — talvez não haja sarcófago.
— Não diga bobagens, Max! Se isto é um túmulo, tem que haver então um sarcófago — disse, enquanto caminhava em direção ao fundo da tumba, alheio a dezenas de arcas repletas de ouro e jóias, que de tão abarrotadas, algumas peças haviam caído no chão, fazendo o velho professor, por mais cuidado que tivesse, caminhar sobre pérolas e colares.
— Meu Deus, olhe essas inscrições, Max!
O jovem assistente relutou em desviar sua atenção dos enormes vasos de alabastro que em sua parte superior apresentavam jóias recobertas de diamantes.
— Max, olhe isso aqui — continuou o professor. Os olhos do assistente encontraram então as paredes apontadas pelo professor.
— O que tem de especial esses desenhos, professor? — perguntou enquanto sua atenção voltava para os vasos de alabastro.
— As pragas do Egito... — continuou o velho olhando fixamente para os desenhos. Mas quem as produz usa as mesmas vestes que um faraó! Max, isso é surpreendente!
A atenção do assistente voltara-se para o egiptólogo.
— Como assim, professor? As pragas do Egito não foram, segundo a Bíblia, enviadas por Moisés?
— Sim, isto mesmo, mas aqui as inscrições mostram o faraó mandando as mesmas pragas enviadas por Moisés. Isto comprova...
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